Mais importante do que aprender a língua - ou emitir sua opinião formada sobre tudo - é entender e respeitar o que é novo e diferente. Observar silenciosamente os detalhes e entalhes, absorver o que ainda não sabe.
No meu instante, sou a mulher invisível.
Não abuso do poder da invisibilidade pra dar uma rasteira na mulher da boulangerie que não respondeu ao meu bonjour porque tenho sotaque estrangeiro - talvez ela seja muda, talvez estivesse na tpm.
Gosto de notar sem ser notada a maneira minuciosa que um francês eleva a xícara de café à boca, o bebe, sorve, engole, e devolve a xícara no pires no balcão do bar. No instante em que ele verte o último gole goela abaixo, olho tudo o que acontece ao seu redor... Afasto e aproximo o olhar.
Peço um café expresso, e tenho o meu instante também.
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