sexta-feira, 16 de julho de 2010

Quoi de neuf?

Deixei a Luna 9h na Halte Garderie. Voltei pra casa, faxinei o quarta dela, a cozinha e a sala (antes, uma zona pós-feriado). 11h10 montei na bicicleta. Destino: Monthléry, cidade vizinha a 5 km de Marcoussis.

Pegaria o resultado de um exame médico e 12h30, a Luna. Pensei, fácil, vou no pau, pedalando. Senão, não daria tempo. (deixar criança esperando na escola é a coisa mais triste do mundo!)

Um corredor apenas nos leva a Monthlèry, uma reta. Pista de velocidade, entradas e saídas de carro, estreitas, perigosas. Um supermercado no meio do trajeto. O vento contra, o sol queimando.

Por acaso, estava com calcinha que se transformou em "fio dental" e bermuda jeans, por acaso justa. Melhor que pedalar pelada pela cidade. Onde iria minha reputação?

Ofegante, cheguei em 20 minutos à cidade vizinha, em 10, já tinha retirado o exame. 11h40, marcava o relógio da igreja. Perfeito. Volto no pau. Há um pouco de trânsito no centro da cidade. Carros respeitam bike.

Não ultrapassam. Bike é carro. Um carro atrás de mim. Ultrapasse, coño, pensei. Dei passagem, manteve-se atrás de mim. Dispenso a gentileza. O vento está forte e contra, não consigo pedalar mais rápido do que isso!

Rotatória à vista. Onde aos sábados à noite a polícia sempre faz o bafômetro, passo tranquila. É dia, não bebi, não tem polícia... Caminhão!

... Ultrapassou pela pista de quem vinha e não de quem ia. Ele entra pelo estacionamento supermercado. 5 carros têm que parar à minha frente. Por causa do caminhão.

Seguem. Apenas 1 mantém-se atrás do caminhão. O senhor quer fazer suas compras. Está com pressa e buzina sem parar. Dou risada, meu bumbum começa a assar por causa de tudo. Banco, calcinha bermuda justas.

O velhinho continua. Buzina sem parar. Nem se deu o trabalho de perceber que o caminhão nada podia fazer. Aposentado estressado como qualquer trabalhador paulistano. A garagem abre aos poucos para o caminhão entrar.

Tudo se resolve. Sigo no pau. Suo. Saio da via expressa. Atravesso a pista de skate da cidade, passo pelo Centro Nacional de Rugby, entro na floresta de Bellejame. Agora sim! Tranquilidade mountain bike. Saio. Pedalo na rua de novo.

Antes de entrar na rotatória, a placa Vous n'avez pas la preference. Reflito sobre toda a minha vida.  Deveria haver a mesma, em português e em todas as rotatórias de SP. Paulistanos nunca sabem quando é "preferência", a sua ou a do outro!

Meio-dia. Chego na Halte Garderie. Meia hora antes. Solto os bofes. Desçø da bike, sento à sombra, descanso, navego no meu celular Quoi de neuf? Teclo na interface do Twitter e Facebook.

Um comentário:

  1. MUITO BOM............TOMEI UM COPO DE AGUA GELADA QNDO ACABEI DE LER!

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