domingo, 8 de agosto de 2010

A gata mais cara do mundo - Parte I

Um dia ela chegou em nosso pomar na Vila Romana. Miando. A convidei pra entrar, com muito medo e seis de vida, ela veio com patas trôpegas até a lavanderia. Dei leite, fiz carinho. Aceitou os dois.

Bukowski, o labrador, se aproximou, a cheirou, e saiu. Achou estranho aquele ratinho tolerante a lactose. Como Mathieu adorava gato (não eu) e sempre quis um felino achado, não comprado, tomei uma decisão.

Depois de horas de reflexão, decidi dar para ele de presente. Adorou, um olhar terno se abriu no rosto de Mathieu. Logo descobrimos que era fêmea, castramos, demos vacina e um nome: Baunilha.

Dormia com o cão. Passava parte do dia em casa, no pomar. De manhã, pegava o sol na nossa calçada. No final de tarde, na do vizinho. Era gentil, dócil, com uma personalidade canina: carinhosa, manhosa.

Comecei a adorar a gata, igual ao cão. Eu estava grávida de 3 meses, quando chegou. Luna nasceu, e a gata se tornou amiga, bichinho de pelúcia e irmazinha dela. Companheira de todos nós.

Em crises insanas de histeria, gritava que todos sempre me recorriam, cão, filha, marido, mas Mimi, Mimi, não, não dava nenhum trabalho. Era só colocar a comida, água sempre fresca e acrescentar carinho.

Dois dias antes de embarcar, descobri que faltava um documento para a gata se mudar conosco para a França. A União Européia exige que, animais de estimação, façam a sorologia de raiva.

Mimi teria que ficar em quarentena por 90 dias no país de origem. Chorei um dia inteiro, como podia não ter me informado sobre isso? E agora? O meu mundo havia caído, pelo menos o mundo felino.

2 comentários:

  1. Olá tudo bem?!
    Gostaria de saber se vc ficou satisfeita com o trabalho da Doc Dog sobe levar seus animais para a França. Vc també levou seu cão maior? Tenho um Golden e tabém vou mudar para França e quero levá-lo.

    Abs , Sonia

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Sonia!
      Sim, a Doc Dog correspondeu às minhas expectativas, foi atenciosa e minha gata chegou sã e salva. Meu labrador foi para a Flórida (a "vovó" que cuidou dele nos últimos anos de vida). Ele embarcou com a minha mãe no mesmo voo e foi junto com as bagagens em sua caixa - eles colocam os pets numa parte menos fria do bagageiro do avião para que não sofram muito com o frio. E foi tudo bem, minha mãe conta que ele chegou um pouco "apagado", mas 1 dia após ele estava em plena forma. Porém as leis mudam de país pra país, de pet para pet. Grande abraço.

      Excluir